Como assim “eleição não é julgamento”? É sim, o eleitor julga, compara e escolhe aquele que lhe parece melhor, mais competente, mais honesto. Dilma teve o seu primeiro mandato julgado e aprovado por 54 milhões de brasileiros. Isto lhe confere mais autoridade moral do que qualquer outro cidadão, além, obviamente, da responsabilidade e atribuições implícitas ao cargo. Não há qualquer indício de envolvimento em falcatruas, corrupção, apropriação indébita, enriquecimento ilícito por parte da nossa presidenta. As tais pedaladas não passam de movimentações contábeis de recursos para o pagamento legal das políticas sociais como o Bolsa Família. Dilma não desviou dinheiro público para uso pessoal, como fez um certo político ao construir dois aeroportos próximos das fazendas de familiares; nem abasteceu a rádio da família com publicidade do governo; nem foi acusada de receber propina, como foram: Aécio, Agripino, Cunha, entre outros. Tentar derrubar a nossa presidenta sem prova alguma contra ela é na verdade uma falta de caráter, até, pois tentam cassar no tapetão 54 milhões de votos. Não se trata, portanto, de uma liminar, apenas – embora esta liminar tenha sido importantíssima para restabelecer a legalidade que estava sendo agredida pela parceria de Cunha com tucanos, demos e afins. Em tese, qualquer cidadão eleito pode ser denunciado e um governo pode sofrer impeachment, desde que comprovado seu envolvimento com imoralidades administrativas, atos de corrupção, etc. Mas, não estamos tratando de tese, e sim de caso concreto: um golpe em curso por parte de partidos da oposição de direita, da mídia corporativa e de parcelas do STF, PF e complô do Paraná contra uma presidenta eleita legitimamente. Em outro contexto, isto certamente será interpretado como formação de quadrilha contra a democracia vigente no Brasil.
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